sábado, 16 de agosto de 2014

Histórias do Paraná - Paraná Clube, paixão e alegria

Histórias do Paraná - Paraná Clube, paixão e alegria

Paraná Clube, paixão e alegria
Darci Piana

No dia 19 de dezembro de 1993, o Paraná Clube completou 4 anos, 1461 dias depois das assembléias que aprovaram a fusão, o Paraná Clube é muito mais que um clube ou um time de futebol. É uma força, respeitada em todo o Brasil.
Mas nenhum dos colorados e pinheirenses que um dia sonharam em unir suas torcidas, suas cores e seus patrimônios, poderia imaginar que o elemento químico gerado pela fusão fosse tão sólido. O processo que fundiu vermelho, azul e branco mostrou-se indestrutível,
irreversível, perene.
Ninguém jamais irá destruir esta mítica construída pela união.
Nem sempre foi assim.
No início, ali por meados de 1988, eram apenas alguns sonhadores reunidos em torno da mesa de reuniões de uma agência de propaganda. Não que a história da fusão tenha começado pelo marketing, mas porque o publicitário colorado Zeno Otto prestava serviços profissionais ao pinheirense Waldomiro Perini e teve a idéia de discutir o assunto. A Ernani Buchmann coube garantir a presença de alguns colorados na primeira reunião, enfim restritos a Dely Macedo e a mim.
Antonio Carlos Mello Pacheco, Erondy Silvério e Waldomiro Perini representaram o
Pinheiros.
Mas a idéia só avançou um ano e muitas reuniões depois.
Durante um almoço no Restaurante Veneza, em Santa Felicidade, Aramis Tissot, Dely Macedo, Jorge Celestino Buso, Ocimar Bolicenho e eu assinamos um protocolo informal, com as bases da fusão; nomes, cores, símbolo, sede do futebol e slogan.
Prosaico documento aquele, escrito num guardanapo de papel.
No dia 26 de maio de 1989, os presidente Adjalma Polydoro, do Colorado, e Mello Pacheco, do Pinheiros, assinaram a carta de intenções que deu ao processo de fusão o ar solene que o guardanapo não tinha.
Ali estavam grafados os alicerces do Paraná Clube, depois oficializados por sua primeira diretoria, à exceção da águia dourada como símbolo, em tempo substituída pela gralha azul.
Ali também foi nomeada a Comissão Especial de Fusão, composta por Aramis Tissot, Darci Piana, Delu Macedo, Dílson Rossi, Idelanir Ernesti, Jiomar Turin, Jorge Celestino Buso, Luiz Carlos Marioni, Ocimar Bolicenho, Otávio Langowski, Raul Trombini e Ronaldo Perretto.
A 19 de dezembro de 1989, reunidos na Vila Capanema e na sede da Avenida Kennedy, os conselhos deliberativos de Colorado e Pinheiros aprovam a fusão e o nascimento do Paraná Clube.
Nascia um Clube com nome sobrenome e estirPe. Filho de Colorado e Pinheiros, é descendente direto do Clube Atlético Ferroviário, Britânia Esporte Clube e Palestra Itália, por um lado; e de Savóia, Brasil e Esporte Clube Água Verde de outro.
Seu sucesso é o resultado de uma infindável soma de qualidades, ingrediente principal da fusão.
Ou melhor: seu sucesso é o resultado de um idéia.
Simples, como todas as grandes idéias.
Mas tão forte, que não seria demais pensar que o vermelho, azul e branco do Paraná Clube já estejam unidos no coração de sua imensa torcida desde sempre.
Trata-se de um Clube predestinado.
Está fadado a crescer ainda mais, a ganhar torcedores e campeonatos como nenhum outro.
Será, eternamente, paixão e alegria do seu povo.
O Paraná Clube será o maior até o final dos tempos.
Ou até mesmo depois.

Darci Piana, empresário do Paraná Clube


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